O ministro da Casa Civil, Rui Costa, fez duras críticas ao suposto plano de integrantes do grupo “kids pretos” do Exército brasileiro, que pretendiam assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Os envolvidos também planejavam um golpe de Estado, segundo as investigações reveladas.
“Eu acho que a impunidade é a irmã gêmea da criminalidade. Toda vez que você permite que a impunidade ganhe força, você aumenta a criminalidade. Alguém que trama, que organiza, que monta esquema para sequestrar e matar o presidente da Suprema Corte, o presidente eleito, o vice-presidente eleito e o ministro do STF... Isso é crime e, como crime, tem que ser punido”, afirmou o ministro.
Crítica à seletividade sobre impunidade
Rui Costa apontou uma contradição em discursos de setores que antes defendiam rigor na segurança pública e agora pedem anistia para os crimes relacionados ao plano golpista.
“Muito me surpreende aqueles que têm uma fala mais dura quando se trata de segurança pública, dizendo que ‘bandido bom é bandido preso’, agora vêm falar dos seus crimes de anistia. Quando o crime é dos outros, é cadeia. Quando o crime é deles, é anistia. Eu acho que não cabe, seja qual for o crime, nenhum tipo de impunidade. Eu sou muito rígido com isso”, declarou.
Gravidade dos atos e o impacto no país
O ministro destacou as possíveis consequências desastrosas caso o plano tivesse sido executado.
“Estamos falando de detalhes que poderiam ter colocado o país numa condição completamente diferente. Imagine se esse esquema criminoso tivesse tido êxito. Quantas milhares de pessoas poderiam ter morrido, eventualmente num conflito social em decorrência disso? Isso é inadmissível. Organizar assassinatos, envenenar pessoas, isso é coisa de quadrilha, de gangue, de criminoso. Essas pessoas têm que responder pelos seus atos no seu CPF, na sua vida individual, para que isso não se repita jamais”, enfatizou Rui Costa.