Enquanto o prefeito Bruno Reis (União Brasil) mantém cautela sobre as mudanças que fará na sua gestão a partir de 1º de janeiro, os bastidores se aquece cada vez em torno da dança das cadeiras.
Informações chegadas ao Classe Política, reiteram que o PSDB não abre mão do retorno de Rodrigo Alves para a pasta Educação, hoje sob o comando de Thiago Dantas, que pelo cacife que possui com o prefeito e pelo seu perfil técnico, inclusive por ser procurador de carreira, tende a desbancar a atual secretária Giovanna Victer.
Pesa contra Victer, além da insatisfação dos servidores e dos colegas da prefeitura, o fato de ter sido acionada pelo Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) por suspeita de superfaturamento em contratos firmados pela prefeitura de Niterói, cidade onde ela atuava antes de chegar à capital baiana. A movimentação ocorre após decisão da Corte com base em um relatório de auditoria sobre contratações e governança de tecnologia da informação do município e aponta que desde 2015 os contratos custaram mais de R$ 45 milhões aos cofres municipais.
Aliado a isso, os comentários são de que os setores da economia também já pressionam, sob a justificativa de a atual titular da Sefaz ter encontrado a pasta ‘com a melhor gestão fiscal’. “E indicar fechar com situação fiscal gestão fiscal destruída, com problemas no fechamento das contas, o que favorece e muito a ida de Dantas, que já foi procurador do município, já passou pela Sefaz, onde chefiou a representação da Procuradoria na pasta”, pontuou fonte que preferiu ficar no anonimato.
Dantas, por sua vez, deu lugar a Rodrigo na Semge para ocupar a Educação e, apesar do resultado positivo à frente da Semge, não pretende retornar ao cargo. “Se dependesse dele preferiria continuar na Educação onde tem feito um trabalho de relevância, mas como existe um jogo político pretende alçar voos mais altos e a Sefaz condiz melhor com o seu perfil e poderá agregar mais”, assegurou outra fonte.
PP também se articula
No tabuleiro de xadrez, existe ainda a expectativa de que o PP, do secretário de Governo Cacá Leão, que permanecerá no posto, não brigue por uma pasta maior na gestão de Bruno Reis, mas por um cargo no segundo escalão e, possibilite que o vereador Sandro Bahiense, que ficou na primeira suplência, assuma uma das cadeiras da Câmara Municipal de Salvador.
Nesse jogo, é dado como certo que o vereador George, o Gordinho da Favela, assumirá a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), hoje sob o comando de Carlos Gomes. O trato já seria antigo.