Em entrevista nesta sexta-feira, 22, o senador Jaques Wagner (PT) abordou as tensões políticas no Brasil, destacando a gravidade da trama golpista que, segundo investigações da Polícia Federal, planejavam assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral e ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. À reportagem Wagner afirmou que casos como os recentes ataques às instituições democráticas não podem ser comparados com a gestão da pandemia da Covid-19, que, segundo ele, foi marcada por atos de improbidade administrativa. No entanto, o senador enfatizou que a situação atual é ainda mais preocupante, tratando-se de uma quadrilha que conspirou contra a democracia, com intenções claras de instaurar um regime ditatorial no Brasil.

"Esses casos são totalmente diferentes. A Covid-19 foi um ato de improbidade administrativa, porque o governante não fez o que deveria para proteger a população. Já esse caso aqui é uma quadrilha formada para derrubar a democracia", afirmou Wagner.

Para o senador, embora seja difícil afirmar com certeza, é evidente que a figura em questão sabia do que estava acontecendo, e a trama contra a democracia foi orquestrada com o objetivo claro de instaurar uma ditadura. Wagner também alertou que a tentativa de reinstaurar um regime autoritário não encontra apoio da maioria das Forças Armadas e que tal caminho, já rejeitado mundialmente, levaria o Brasil ao isolamento internacional.

 "Uma aventura dessas levaria o país a um absoluto isolamento internacional. Não há espaço para isso aqui", disse, ressaltando a gravidade das ações daqueles que tentam enfraquecer a democracia.

"Ser conservador é um direito seu, mas ser fanático contra a democracia não me parece ser algo aceitável. Precisamos de lideranças que respeitem a democracia", opinou o petista.

Ele também afirmou que a luta atual não é uma questão de esquerda contra direita, mas de democracia contra autoritarismo. Segundo Wagner, os brasileiros já viveram momentos de ditadura e, por isso, a maioria prefere preservar a liberdade dentro de um sistema democrático. 

"O que está em jogo é o lado da democracia ou não. A história recente do nosso país já nos mostrou os horrores de uma ditadura, e tenho convicção de que as pessoas preferem se manter com a liberdade dentro da democracia", concluiu.

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