A desembargadora e presidente da Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), Nágila Brito, presente Sessão Especial ao Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher proposta por Jurailton Santos (PRB), nesta sexta-feira (22), no plenário da Assembleia Legislativa, chamou atenção que ‘os órfãos do feminicídio são as maiores vítimas e é um olhar mais atento e cuidar das pessoas’.
“A gente percebe também os homens já estão ficando alerta para essa necessidade de cuidar dessa pauta que é a violência contra a mulher. E você viu ali, que significa trazer dinheiro para as reivindicações, que tanto precisa como, por exemplo, aumentar o número de grupos reflexivos para homens, para que eles reconheçam que agiram errado, que precisam mudar o comportamento. Também centros de psicossociais para as mulheres e para as crianças, como eu falei, porque os órfãos do feminicídio são as maiores vítimas, porque não vai ter mais a mãe e nem o pai, porque vai ficar preso, e alguns até não havia tanto tempo a falar”, elencou.
Conforme ele, existe ainda outro ponto crucial por trás do problema: os suicídios e as doenças mentais que precisam ser tratadas.
“Nós estamos tendo um grave problema também de suicídios posteriorizados ao feminicídio. Então, a gente precisa cuidar das pessoas. Uma alavancada de doenças mentais, doenças mentais não tão graves como psicofenia, etc, mas depressões. As pessoas se envolvem com tanta tristeza que elas não conseguem sair da violência, nem também do lugar de um agressor. Nós precisamos ajudar. E um evento como esse traz uma visão ampla e a gente já está marcando aqui, eles vão me visitar no gabinete, os dois deputados [Jurailton e Arimatéia]. A gente precisa conversar sobre isso. É só uma porta de entrada”, enfatizou.
Jones Almeida/Fernanda Chagas