O desembargador Edivaldo Rotondano, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e componente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), afirmou nesta quinta-feira (2) que o Poder Judiciário deve estar cada vez mais próximo da sociedade, adotando práticas que aproximem juízes da população e ampliem o acesso à Justiça.
A declaração foi feita durante a solenidade de entrega da Comenda 2 de Julho ao apresentador José Eduardo, realizada na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
Segundo Rotondano, sua experiência no CNJ tem lhe dado uma “visão macro” do Judiciário e reforçado a necessidade de atuação além dos gabinetes.
“Sempre fui um entusiasta de que o Judiciário deve estar próximo das pessoas, tirando cidadãos da invisibilidade e cuidando dos mais vulneráveis. Hoje nós, juízes, precisamos sair dos gabinetes e ir ao encontro da sociedade para mostrar que o Judiciário pode e deve fazer muito por quem precisa dele. É isso que transforma a instituição em algo realmente acessível.”
O magistrado destacou ainda a importância da tecnologia na celeridade processual, mencionando o uso de inteligência artificial e outros instrumentos digitais para acelerar julgamentos e reduzir a litigiosidade.
“Hoje, com inteligência artificial e todos os mecanismos que já utilizamos, conseguimos dar mais rapidez e efetividade aos processos. As semanas de baixas processuais e as audiências de conciliação são exemplos de como estamos encurtando prazos e evitando que disputas se prolonguem. A prestação jurisdicional precisa ser entregue de forma célere e eficiente, pois o Judiciário é a última instância a que o cidadão recorre, e a resposta não pode falhar.”
Rotondano também ressaltou que o Judiciário brasileiro passou por uma transformação significativa nos últimos anos, modernizando sua estrutura administrativa e financeira e assumindo um papel de maior relevância na implementação de políticas públicas.