A Secretaria Municipal de Educação (Seduc) lança, no próximo dia 22 de setembro, o pacto Feira pela Alfabetização, iniciativa que reúne escolas, sociedade civil e lideranças locais com o objetivo de garantir que todas as crianças do município estejam alfabetizadas na idade certa.

O movimento nasce em um cenário de desafios para a rede municipal. Em 2024, apenas 9% dos alunos do 2º ano eram considerados leitores fluentes, segundo a avaliação de fluência PARC. Já o programa Novos Caminhos da Educação, em 2025, mostrou que apenas 14% dos estudantes do 2º ano sabiam ler, e que 29% dos alunos do 5º ano dominavam as habilidades esperadas.

Outros indicadores também preocupam: no SABE 2023, só 42% dos alunos do 5º ano atingiram nível adequado em Língua Portuguesa e 20% em Matemática. O Compromisso Criança Alfabetizada, em 2024, apontou que apenas 33,19% das crianças estavam alfabetizadas na idade correta, abaixo da meta nacional de 39%. No mesmo ano, o IDEB dos anos iniciais foi de 4,4, quando a meta era 5,1.

“Precisamos fazer da alfabetização uma causa de todos: famílias, instituições religiosas, empresas, universidades, associações. Quando uma comunidade se mobiliza em torno da leitura, ela muda não apenas seus índices educacionais, mas o seu futuro”, afirmou o secretário de Educação, Pablo Roberto.

Ações previstas

O pacto contará com a participação de embaixadores da educação, personalidades locais que terão a missão de mobilizar a sociedade. A proposta prevê frentes de atuação em três eixos:

• Sociedade acadêmica: universitários, por meio do PIBID, atuarão em escolas apoiando práticas de leitura e escrita;
• Sociedade civil: igrejas, associações, sindicatos e grupos culturais poderão criar espaços de leitura e promover rodas em escolas e praças;
• Setor empresarial: empresas locais serão incentivadas a apoiar ações e projetos ligados à alfabetização.

A Seduc também vai implementar iniciativas próprias, como o “Sabadou”, aulas de reforço intensivo aos sábados para estudantes do 1º ao 5º ano; busca ativa e monitoramento da frequência escolar; formação continuada para professores; além de premiação de boas práticas em escolas e salas de aula.

“O pacto é um compromisso de mãos dadas entre governo, famílias e sociedade civil. Quando cuidamos da alfabetização, cuidamos do futuro de Feira de Santana”, concluiu o secretário.

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