Alckmin aposta em aproximação Lula-Trump para destravar comércio e derrubar taxa de 50%

Foto: Divulgação
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O governo brasileiro está intensificando os esforços para reverter a pesada taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos nacionais. A ofensiva diplomática e comercial é embalada por uma inesperada reaproximação entre o presidente Lula e o presidente americano Donald Trump, que ocorreu durante a Assembleia-Geral da ONU nesta semana.

Nesta sexta-feira (26), o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), confirmou a estratégia.

“Vamos trabalhar para reduzir essa alíquota imposta pelos EUA ao Brasil e, ao mesmo tempo, excluir o máximo de produtos que pudermos do tarifaço”, declarou Alckmin, indicando o plano de ataque duplo para beneficiar as exportações brasileiras.

Elogios de Trump Abruptamente Aquecem Relação Comercial

A movimentação de Alckmin ocorre logo após a surpreendente demonstração de afeto e cooperação vinda do chefe da Casa Branca. Em seu discurso na ONU, Trump não apenas chamou Lula de "um homem muito agradável", mas também afirmou ter tido uma “ótima química” com o líder petista.

O presidente americano chegou a anunciar uma reunião bilateral para a próxima semana, originada de um encontro casual e rápido. “Eu estava entrando e o líder do Brasil estava saindo. Nós nos vimos, eu o vi, ele me viu, e nós nos abraçamos. E aí eu penso: ‘Vocês acreditam que vou dizer isso em apenas dois minutos?’ Nós realmente combinamos de nos encontrar na próxima semana,” detalhou Trump, sublinhando que “ele gostou de mim, eu gostei dele.”

Para Alckmin, este aceno inesperado é fundamental para destravar as negociações. O vice-presidente avaliou que a conversa entre os líderes foi “um passo importante” para iniciar o diálogo comercial, mas ressaltou que o caminho ainda é longo. "Foi dado um passo importante entre o presidente Lula e o presidente Trump, e agora vamos avançar nas próximas etapas", completou.

A declaração de Trump, que afirmou fazer negócios apenas com quem ele "gosta", sugere que a percepção pessoal pode influenciar a política comercial dos EUA, abrindo uma janela de oportunidade para o governo brasileiro lutar contra as barreiras tarifárias.

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