Em entrevista nesta sexta-feira, 17, o secretário da Fazenda de Lauro de Freitas, Ricardo Góes, detalhou os avanços nas negociações com representantes dos servidores municipais, incluindo as professoras da rede pública, sobre o pagamento dos salários de dezembro e janeiro. Segundo Góes, embora as propostas ainda estejam sendo discutidas, houve progressos importantes nas conversas, apesar das dificuldades financeiras enfrentadas pela gestão.

De acordo com o secretário, a administração municipal apresentou uma proposta "factível", considerando a grave situação fiscal do município, que enfrenta a decretação de calamidade financeira.

 "A proposta implica no desembolso imediato de cerca de 5% do valor da folha de pagamento, o que envolveria todas as consignações e o parcelamento do salário líquido", explicou.

Ricardo Góes também fez questão de esclarecer o contexto que levou a essa crise financeira. Segundo o secretário, a atual gestão herdou uma dívida significativa, que inclui o não pagamento dos salários de dezembro pela administração anterior, além de pendências com a Previdência Social e a Receita Federal. 

"Não bastasse a dívida com os salários, ainda há débitos previdenciários de meses anteriores. O município deve à Receita Federal e a outros fornecedores essenciais, alguns deles com pagamentos atrasados por até seis meses", detalhou o secretário.

Góes afirmou que, apesar dos desafios, a administração está empenhada em buscar soluções.

 "Sabemos que o prejuízo é grande para o servidor, que trabalhou e precisa sustentar sua família. A administração está fazendo todo o esforço para resolver esse problema, mas é importante deixar claro quem foi o responsável por essa situação", enfatizou.

Apesar das dificuldades, o secretário expressou confiança de que, com muito esforço, será possível restabelecer a saúde financeira de Lauro de Freitas. 

"Tenho certeza de que, com muito trabalho e luta, conseguiremos colocar as finanças de Lauro de Freitas nos trilhos", completou.

Compartilhe: