Em um discurso inflamado durante evento em Salvador, o senador Sergio Moro (União Brasil) voltou ao centro do debate político nacional ao acusar o governo do presidente Lula de promover o retorno desenfreado da corrupção no país. O encontro marcou o lançamento da pré-candidatura à presidência do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, também do União Brasil, e serviu de palco para Moro reforçar a necessidade de uma frente ampla da direita e centro-direita para 2026.

"A roubalheira está totalmente descontrolada. A primeira ação desse governo foi desmontar a Lei das Estatais, criada justamente após a Lava Jato para conter os abusos. O Brasil perdeu sua referência moral", disparou Moro, ex-juiz da operação que marcou a história recente do país.

Para o senador, o combate à corrupção precisa estar no centro das discussões da próxima eleição. Ele defendeu uma liderança firme, com pulso forte, para enfrentar não apenas a criminalidade nas ruas, mas também os desvios administrativos que, segundo ele, voltaram a assolar o poder público.

"Precisamos de um presidente com mão firme. O que temos hoje é um governo que passa a mão na cabeça dos criminosos. Isso não pode continuar. Caiado é uma liderança que pode representar essa virada", afirmou, sugerindo apoio ao colega de partido.

Moro também reagiu à possibilidade de retorno de figuras polêmicas do PT, como José Dirceu, ao debate público. "Ele foi condenado pelo mensalão pelo STF e também na Lava Jato. Agora volta a falar em nome do governo como se nada tivesse acontecido. Isso é uma vergonha nacional."

O senador encerrou seu discurso com um aviso: "A corrida presidencial já começou porque esse governo já acabou. O povo não aguenta mais. Em 2026, a direita vai se unir para derrotar o PT de vez".

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