O deputado federal, Léo Prates (PDT), em rebate ao presidente estadual do Partido Democrático Trabalhista, Félix Mendonça Júnior, afirmou que sua permanência na legenda é lastreada por dois nortes: o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, mas mantendo sua coerência e, seu grupo político, liderado por Bruno Reis e ACM Neto, ambos do União Brasil.
Félix admitiu ao Classe Política que o martelo em prol do apoio ao governo do estado com vistas para 2026 pode ser batido no dia 02 de maio, com a vinda de Lupi à Salvador e, a única preocupação seria Prates, que disputará à reeleição pela sigla.
“Em primeiro lugar, quero ressaltar minha relação amigável e respeitosa com Félix, mas sobre essa possibilidade no dia 02 de maio, antes de qualquer coisa o partido tem um estatuto para a discussão ao apoio ao governo do estado. Portanto, eu considero isso vontade de pessoas importantes e não a organização partidária que passa pelas executivas nacional e estadual”, rechaçou Prates, ao reiterar estar filiado ao PDT desde 2020 e ter 98% de votações com o partido na Câmara Federal.
“Segundo, em se confirmando isso, eu que tenho cinco anos de filiado, muito feliz no partido, prestigiado nacionalmente, acho que tenho uma história de quem mais cumpriu a orientação partidária, com bandeiras próximas ao que pensa o PDT e, sem contestações a minha atuação parlamentar”, reforçou.
Prates não deixou de rememorar o precedente aberto por Félix em 2022, quando, apesar do alinhamento da sigla com ACM Neto, os ex-prefeitos de Araci, Silva Neto, e de Euclides da Cunha, Luciano Pinheiro, decidiram marchar com os petistas, o que normatizaria uma posição contrária dele e sua continuidade no partido, ainda que em campo oposto.
“Afinal, me filiei em 2020, e o PDT sempre soube da minha posição contrária ao governo da Bahia e temos um precedente. O candidato Silva Neto, membro da executiva estadual, primeiro suplente do partido, foi liberada pelo presidente Félix para apoiar Jerônimo Rodrigues. Diante disso, penso que não teremos nenhum problema, pois esse precedente aberto pelo presidente, normatiza minha posição se a minha decisão for minoritária”, embasou-se.
Por fim: disparou: “Tenho dois nortes nessa decisão: um do PDT, lastreado por Lupi, embora não vá ficar onde não me querem e não abra mão dos meus valores, coerência, princípios, e o outro o meu grupo político, liderado Bruno Reis e ACM Neto”.
Fernanda Chagas