A disputa pela presidência da Câmara dos Deputados ganhou novos contornos esta semana com o anúncio de apoio do atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), ao deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). A declaração ocorreu durante a comemoração do aniversário de Motta, em Brasília, reunindo líderes de diversos partidos, tanto da base do governo quanto da oposição.

Com a desistência de Marcos Pereira (Republicanos-SP), Motta se consolidou como o principal nome do Republicanos. Em suas redes sociais, o parlamentar destacou a importância de parcerias construídas ao longo de sua trajetória. “Relações de confiança, diálogo, lealdade e muitas lutas diárias. Construir amizades e parcerias verdadeiras é um compromisso que tenho, olhar no olho, dialogar em harmonia e em prol do Brasil”, escreveu Motta.

O apoio de Lira, que anteriormente tinha Elmar Nascimento (União Brasil-BA) como seu preferido, gerou tensão no União Brasil. Nascimento, que recentemente buscou o apoio do presidente Lula, segue na disputa ao lado de Antônio Brito (PSD-BA), que também mantém sua candidatura. No entanto, o nome de Motta ganha força, principalmente entre os bolsonaristas. O líder do PL, Altineu Côrtes (RJ), declarou que seu partido está ao lado de Motta: “É um nome excepcional, vai ter o apoio do PL”, afirmou Côrtes.

Apesar das movimentações, o governo federal tem adotado uma postura neutra, conforme destacou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE): “O governo não vai se meter”, declarou. Já o líder do PT, Odair Cunha (MG), reforçou que a escolha deve ser baseada em uma agenda de consenso. “O importante é a união em torno da aprovação de projetos relevantes que busquem o desenvolvimento sustentável e beneficiem toda a sociedade brasileira”, publicou Cunha.

Enquanto isso, Nascimento e Brito seguem em campanha, com um pacto de apoio mútuo para aquele que tiver maior viabilidade na fase final da disputa.

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