A deputada federal Roberta Roma (PL-BA) subiu o tom contra as recentes invasões de terra no extremo sul da Bahia e cobrou medidas urgentes para conter essas ações. Em pronunciamento na Câmara e em publicações nas redes sociais, a parlamentar destacou que essas ocupações ilegais afetam diretamente produtores rurais, prejudicam a economia e criam um cenário de insegurança jurídica no estado.
No município de Prado, indígenas bloquearam a entrada do Parque Nacional do Descobrimento, reivindicando a homologação da Terra Indígena Comexatibá, cujo reconhecimento ainda está em disputa judicial. Paralelamente, invasões também ocorreram na Chapada Diamantina, onde cerca de 300 famílias ocuparam terras em Nova Redenção e Boa Vista do Tupim, alegando improdutividade das áreas.
“Essas ações criminosas não podem continuar prejudicando quem trabalha e movimenta a economia da Bahia. Pequenos, médios e grandes produtores estão sendo impactados por essa violência, que vai contra a Constituição Federal e afeta diretamente o desenvolvimento do nosso estado”, declarou Roberta Roma, que integra a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
A deputada, que também faz parte da mesa-diretora da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), afirmou estar articulando uma mobilização junto a entidades e lideranças do setor agropecuário para frear a escalada das invasões.
“Nosso mandato é firme na defesa do agro, e não vamos recuar. A Bahia precisa ser um estado seguro para quem trabalha no campo e contribui para o crescimento do Brasil”, enfatizou.
Além dos conflitos fundiários, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) intensificou mobilizações no estado. Na última semana, cerca de 600 mulheres do movimento interditaram um trecho da BR-101, em Teixeira de Freitas, protestando por reforma agrária e outras pautas sociais.