O debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, realizado pela TV Cultura neste domingo 15, foi interrompido após um episódio lamentável de violência. O apresentador José Luiz Datena (PSDB) agrediu o influenciador Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada durante o quarto bloco do programa.
O clima esquentou quando Marçal provocou Datena ao relembrar acusações de assédio sexual contra o apresentador, que Datena negou, afirmando que nunca foi formalmente investigado. “A pessoa que me acusou se retratou publicamente em cartório, pediu desculpas para mim e para minha família.”
O caso mencionado por Marçal refere-se a uma denúncia feita em 2019 por uma ex-repórter da Band, Bruna Drews. Em janeiro daquele ano, Bruna acusou Datena de assédio durante uma comemoração da equipe do programa, levando o caso ao Ministério Público de São Paulo. Meses depois, em outubro, ela registrou uma retratação em cartório, inocentando o apresentador, mas afirmou, em entrevista ao UOL, tê-lo feito por orientação dos advogados de Datena. O caso foi arquivado.
A tensão acumulada ao longo do debate chegou às vias de fato depois de Marçal questionar se Datena abandonaria a disputa pela prefeitura e provocá-lo. “Você atravessou o debate esses dias para me dar um tapa, você não é homem nem para fazer isso.” Nesse momento, Datena se dirigiu até ele com a cadeira em punho.
O mediador Leão Serva, visivelmente chocado, interrompeu a transmissão para os comerciais, e Datena foi expulso do programa. Marçal também deixou os estúdios da Cultura, para buscar ajuda médica. Os demais candidatos — Guilherme Boulos (Psol), Ricardo Nunes (MDB), Tabata Amaral (PSB) e Marina Helen (Novo) — decidiram, em comum acordo, prosseguir com o debate.
Em nota, a assessoria de imprensa de Pablo Marçal afirmou que o candidato “está ferido, com suspeita de fraturas na região torácica e muita dificuldade para respirar”, e que espera que medidas judiciais sejam tomadas.
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