Mais viva do que nunca

As conversas para definir o próximo líder da oposição na Assembleia Legislativa começam a chegar na reta final a partir de uma compreensão dos próprios deputados de que o escolhido deverá ser fruto de consenso. Tiago Correia (PSDB) e Samuel Júnior (Republicanos) são os principais nomes em análise para conduzir o bloco a partir de 2025, ano estratégico na preparação para a eleição ao governo do Estado. Cada um com seu estilo e suas virtudes, os dois perfis deixam a base do governador apreensiva porque sabe que enfrentará uma oposição mais viva do que nunca.

Conversa errada 

A leitura dos pessedistas é que o argumento de Éden tenta criar passagem para a montagem de uma chapa puro sangue do PT em 2026, tirando de Coronel o direito à reeleição e remanejando o espaço do PSD para uma vice figurativa. Prefeitos já sinalizaram que não vão aceitar o rumo dessa prosa. Como o maior partido da Bahia, com 115 prefeitos eleitos em 2024, o PSD quer ser tratado como tal.

Incomodou

Integrantes do PSD ficaram bastante incomodados ao ver o presidente do PT na Bahia, Éden Valadares, minimizar a quantidade de prefeitos por partido como fator a ser considerado na montagem da chapa em 2026. Segundo eles, o tamanho da legenda foi decisivo desde a reeleição de Rui quando Angelo Coronel disputou o Senado pela primeira vez, e mais ainda para eleger Jerônimo Rodrigues, especialmente depois que o PP abandonou o barco.

Sedução

Um prefeito do União Brasil de uma grande cidade do interior tem sido bastante cortejado por emissários do governo do Estado. Embora o gestor já tenha avisado que não pretende deixar o grupo da oposição, já que, inclusive, venceu a eleição deste ano contra o forte aparato petista, integrantes influentes do governo seguem tentando levar o prefeito para a base. Parlamentares governistas dizem que estão otimistas, mas o entorno do prefeito já avisou que "vermelho ele não veste de jeito nenhum". 

Hora H

A novela do futuro do deputado estadual Pablo Roberto (PSDB) parece estar próxima do fim, mas ainda sem definição. Eleito vice-prefeito de Feira de Santana, ao lado de Zé Ronaldo (União Brasil), Pablo ainda não decidiu se assume o mandato ou se segue deputado. Mas terá que tomar uma decisão nos próximos dias, pois a data da posse se aproxima. Segundo aliados, por um lado, ele teme renunciar ao mandato de deputado e acabar "engolido" em Feira. Por outro, fica receoso de não assumir o posto de vice-prefeito, para o qual foi eleito, e isso provoque uma repercussão negativa para a população. Há quem garanta que, hoje, a decisão dele pende mais para permanecer na ALBA. 

Contas

Prefeito baianos foram a Brasília nesta semana para se mobilizar pela aprovação do Refis previdenciário, medida considerada fundamental para que os gestores consigam fechar as contas nesta reta final de mandato. A agenda envolveu uma série de reuniões, entre elas com a bancada baiana na Câmara dos Deputados. Prefeitos que participaram dos encontros saíram otimistas de que a medida será aprovada.

Mandando bem!

O presidente da Embasa, Leonardo Góes, virou o centro das atenções na Assembleia Legislativa da Bahia nesta terça-feira (10). Durante sua apresentação anual, Góes trouxe números de dar inveja e mostrou que está com tudo em 2024, especialmente com os quase R$ 2 bilhões de investimentos previstos para 2026. A performance da Embasa sob sua liderança tem arrancado elogios dos deputados.

Traquino

Tem prefeito reeleito que tá se movimentando para fazer traquinagem na exploração imoral no setor de transporte de turistas no verão. Lancha e ônibus estão preparados! Um observador da operação só aguarda pra dar o bote para desmoralizar o sabido.

Mudança 1

Com a provável mudança no comando da Secretária de Relações Institucionais (SERIN), hoje sob o comando interino do ex-deputado federal Jonival Lucas (PT), a mudança na equipe de comando da pasta responsável pela articulação política do executivo estadual é uma incógnita.

A partir de janeiro de 2025, vários prefeitos com mandato encerrado, naturalmente aguardam um aceno do governador para compor a gestão do estado e o que não falta é especialista em política, disposto a se engajar oficialmente na interlocução do Palácio de Ondina com sua base.

Mudança 2

Além dos prefeitos em fim de mandato, outros operadores da política estadual, sobretudo petistas, aguardam ansiosos pela definição sobre a nova direção da SERIN. 

Deputados estão de olho na partilha dos espaços de articulação da pasta. Hoje, só o deputado federal Zé Neto (PT), controla 2 departamentos. Tanto a assessoria que dialoga com a base governista na ALBA, especialmente sobre o direcionamento das emendas, quanto o setor que monitora politicamente a distribuição dos cargos no estado, estão sob mando de pessoas da estrita confiança do congressista feirense, derrotado mais uma vez este ano, na corrida pela prefeitura da Princesa do Sertão.

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