Após ser preterido nas vésperas da convenção, Joseph rompe com o PT e volta a apoiar Suzana em Juazeiro

Foto: Divulgação
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O ex-prefeito de Juazeiro, Joseph Bandeira, após ter seu nome preterido pelo PT às vésperas da convenção partidária, rompe com o grupo governista e volta a apoiar a reeleição da prefeita Suzana Ramos (PSDB), que tem sua filha Vitória Bandeira, como candidata a vice.

Joseph, ao tecer duras críticas ao senador Jaques Wagner (PT) e à liderança do governo Jerônimo por suas ações políticas em Juazeiro, o quinto maior colégio eleitoral da Bahia, em uma entrevista concedida a imprensa nesta quarta-feira (07), revelou os motivos que o levaram a desistir da candidatura a prefeito de Juazeiro pelo PSB e retornar ao apoio da prefeita integrante do PSDB.

Ele ainda classificou como um erro estratégico a insistência do partido na candidatura de Isaac Carvalho (PT). 


Bandeira explicou que sua decisão foi motivada por uma série de desentendimentos com o Partido dos Trabalhadores (PT) e por uma reavaliação de sua posição política.

Bandeira relatou que, inicialmente, estava concorrendo para ser o candidato a prefeito da base do governo da Bahia, com o apoio do governador Jerônimo Rodrigues e da deputada federal Lídice da Mata. No entanto, ele afirmou que a situação mudou drasticamente quando, no sábado, o senador Jacques Wagner confirmou sua candidatura, apenas para ser informado no dia seguinte que sua candidatura estava suspensa.

“Eu não posso ser levado na brincadeira”, afirmou Bandeira. Ele explicou que sua decisão de abandonar a candidatura se deu pelo tratamento que recebeu do PT, que, segundo ele, não aceita que alguém fora do partido brilhe, mesmo estando na base governamental. 


Segundo ele, o Partido dos Trabalhadores não aceita a participação de outros partidos na indicação de candidatos. “Eu me sinto traído pelo PT”, não negou, reiterando ainda que “a oposição não quis ganhar a eleição em Juazeiro e vai perder”.

“O senador Jaques Wagner me ligou no sábado me dizendo, olha o candidato é você é no domingo já não era mais. Quer dizer eu não posso ser levado na brincadeira. Eu ajudei Suzana a se eleger prefeita, o vice-prefeito de Juazeiro é meu filho, Leonardo Bandeira. Temos alguns problemas porque, houve uma eleição para presidente, governador com uma orientação política de esquerda e aí terminamos um pouco afastados do ponto de vista ideológico, mas não houve nenhum rompimento, nenhuma ofensa pessoal de lado a lado e aí surgiu minha candidatura, mas na véspera da convenção, sobretudo, no dia da convenção, me liga o senador e diz que o candidato não é mais você. Peraí, eu não posso ser lavado nesse tom. E eu disse, peraí vou tomar outro rumo e voltei para onde eu tinha começado porque quem ajudou a colocar Suzana na prefeitura potencialmente fui eu. Voltei para a concepção política da lógica porque você não pode ser colocado no meio da rua para enfrentar um trem de lá pra cá, eu não nasci pra isso”, desabafou, acrescentando que sua posição era de “rebelde por natureza” e que sua orientação política de esquerda o motivava a buscar a evolução permanente.

Apesar de sua saída da candidatura, Bandeira garantiu que não deixará o PSB e continuará apoiando o governo de Jerônimo Rodrigues. Contudo, chegou a dizer que tanto Jerônimo quanto o presidente Lula não entendem nada das eleições municipais.
Ele se ofereceu para atuar como uma ponte entre o Município e o Estado após a reeleição de Suzana. “Eu serei uma espécie de garantia de que o governo Municipal de Juazeiro passe a ter na gestão seguinte”, afirmou.

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