Aladilce exige maior transparência em leilões de áreas públicas na capital baiana

Foto: Divulgação
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A anulação do leilão da área verde na encosta do Morro Ipiranga, entre a Barra e Ondina, foi tema do pronunciamento da vereadora Aladilce Souza (PCdoB), líder da bancada da oposição, na sessão ordinária da Câmara Municipal desta segunda-feira (17). 

“O prefeito disse que a área não servia para nada e desafiou quem quisesse debater a importância daquele espaço. Estranhamente, na última sexta-feira (14), ele anulou o leilão, que, segundo a própria Prefeitura, teria arrecadado R$ 14 milhões. Confesso que fiquei impressionada, e o mais curioso é que já existe uma nova data marcada para o leilão, que vai ocorrer em 15 dias, sem qualquer explicação sobre o motivo da anulação”, disse Aladilce. 

A vereadora cobrou transparência na gestão dos leilões e levantou dúvidas sobre o processo: “Precisamos saber quem arrematou essa área. Se foi a empresa de transporte que já atua no local ou outro interessado. E, principalmente, por que o leilão foi anulado? Houve algum problema na documentação? Não seria o caso de dar mais prazo para concluir a negociação?”, indagou. 

 Debate sobre áreas verdes 

Aladilce defendeu a realização de um amplo debate em Salvador sobre a gestão das áreas verdes, o meio ambiente e o planejamento urbano da cidade. Ela apresentou um levantamento sobre os leilões de terrenos públicos desafetados, revelando que, entre 2014 e 2025, foram realizados 117 leilões. 

Somente na gestão do ex-prefeito ACM Neto, segundo a vereadora, foram leiloados 200 mil metros quadrados em 62 processos, arrecadando cerca de R$ 500 milhões. “O pior é que não sabemos onde esse dinheiro foi aplicado”, afirmou Aladilce. 

Foto: CMS

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