O deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, foi preso nesta sexta-feira, dia 3, após se entregar ao Ministério Público da Bahia (MPBA) em Feira de Santana. O parlamentar estava foragido desde a deflagração da 'Operação Estado Anômico', iniciada em 1º de outubro.
Uma equipe de 20 agentes policiais e promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do MPBA cumpriu o mandado de prisão preventiva. Binho Galinha foi escoltado até Salvador, onde ficará custodiado.
O deputado é apontado como líder de uma organização criminosa com práticas milicianas, que atua principalmente na região de Feira de Santana. De acordo com as investigações das operações 'El Patrón' e 'Estado Anômico', o grupo é responsável por uma série de delitos, incluindo lavagem de dinheiro, obstrução da justiça, jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada, comércio ilegal de armas, usurpação de função pública, embaraço a investigações e tráfico de drogas.
Binho Galinha já responde a duas ações penais, tendo sido denunciado pelo MPBA em fevereiro e dezembro de 2023, no contexto da 'Operação El Patrón', por lavagem de dinheiro, jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada.
A 'Operação Estado Anômico' teve como objetivo aprofundar as investigações sobre a complexa estrutura da organização criminosa, que conta com divisão de tarefas entre seus membros, incluindo policiais militares. No total, dez pessoas foram presas na nova fase, entre elas João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, filho do deputado, e Mayana Cerqueira da Silva, sua esposa. Como desdobramento da 'El Patrón', 15 pessoas já foram denunciadas pelo MP por envolvimento com o grupo criminoso liderado pelo parlamentar.