O deputado estadual Binho Galinha (PDF) está preso em Salvador desde a noite desta sexta-feira (3), após se entregar ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) em meio às investigações da operação Estado Anômico. A defesa do parlamentar nega que ele tenha cometido crimes e também refuta que tenha permanecido foragido, como vinha sendo ventilado após a deflagração da ofensiva contra uma organização criminosa em Feira de Santana.
De acordo com o MP-BA, Binho Galinha se apresentou inicialmente em Feira de Santana, sendo depois conduzido pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) para a capital baiana. Além do deputado, também foram detidos a esposa, o filho e mais oito pessoas, incluindo quatro policiais militares.
Em nota, os advogados de defesa ressaltaram que o parlamentar “tem colaborado com as autoridades desde o início das investigações e reafirma sua confiança na Justiça, destacando que todos os fatos serão devidamente esclarecidos ao longo do processo”. A equipe acrescentou ainda que Binho “continuará prestando esclarecimentos para que a verdade seja restabelecida”.
O deputado, apontado pelo MP-BA como líder de uma facção criminosa, é investigado não apenas na Estado Anômico, mas também na operação El Patrón. Segundo as apurações, o grupo sob sua liderança estaria envolvido em crimes como lavagem de dinheiro, agiotagem, jogo do bicho, receptação qualificada, comércio ilegal de armas, tráfico de drogas, além de obstrução a investigações.