O Tribunal de Contas da União (TCU) rejeitou, nesta quarta-feira (19), um pedido feito pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) para auditar os gastos das viagens internacionais da primeira-dama, Janja da Silva. A solicitação foi negada por unanimidade pelos ministros da Corte, que consideraram o pedido improcedente e sem respaldo legal.

Gayer argumentou que, entre 2023 e 2024, Janja passou 103 dias em compromissos internacionais — 16 dias a mais que o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O parlamentar alegou que, por não ocupar um cargo público oficial, a primeira-dama não deveria integrar comitivas presidenciais custeadas pelo governo.

No entanto, o relator do caso, ministro Bruno Dantas, enfatizou que o tema já havia sido analisado pelo TCU e que a participação da primeira-dama em viagens oficiais segue protocolos legais. Além disso, Dantas ressaltou que deputados individuais não têm competência para solicitar auditorias ao Tribunal, prerrogativa exclusiva dos presidentes do Senado e da Câmara ou de comissões técnicas do Congresso.

Entre as viagens questionadas, estavam a participação de Janja na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris e em um evento educacional no Catar. Apesar da tentativa de impugnação, o TCU concluiu que não há irregularidades e arquivou o pedido.

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