Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) viveu um momento de tensão nesta terça-feira (27), quando servidores do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sintaj) ocuparam o plenário durante uma mobilização por reajustes salariais e reestruturação de carreira. A ação, que interrompeu a sessão do dia, foi duramente criticada pelo deputado estadual Adolfo Menezes (PSD), que classificou o ato como “uma vergonha”.

“Cheguei para a sessão e me deparei com essa cena lamentável. O plenário foi tomado por sindicalistas, em um episódio que considero inaceitável”, declarou o parlamentar. Ele comparou a ocupação à recente invasão da Câmara de Vereadores de Salvador e criticou o que chamou de tentativa de “impor vontades pela força”.

Menezes reforçou que os debates no Legislativo devem ocorrer com “ordem e respeito institucional” e se posicionou contra qualquer projeto de interesse da categoria, caso atitudes como essa voltem a ocorrer. “Se fosse por mim, não votaria nem publicaria nenhum projeto ligado a esse grupo. O diálogo é bem-vindo, mas a invasão deslegitima qualquer pauta”, afirmou.

Segundo o deputado, a presidente da AL-BA, Ivana Bastos, já havia recebido representantes do sindicato anteriormente, e os servidores teriam outros canais para manifestar suas reivindicações. “Todos têm direito de se manifestar, mas há limites. Esse tipo de pressão não contribui em nada para o avanço das negociações”, concluiu.

A sessão acabou sendo encerrada após a ocupação.

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