Roberto Oliva celebra avanço nos portos, mas cobra urgência em infraestrutura fora deles

Foto: Divulgação
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O presidente do conselho da Intermarítima Portos e Logística, Roberto Oliva, celebrou o anúncio de R$ 1,5 bilhão em investimentos para os portos de Salvador, Aratu e Ilhéus, via Novo PAC, como um passo decisivo para o setor logístico da Bahia — mas fez questão de acender o alerta sobre um problema estrutural fora dos portos: a precariedade da acessibilidade terrestre e ferroviária.

“É um investimento estruturante, que vai melhorar o escoamento e a chegada de mercadorias. O Porto de Aratu precisava muito disso. Mas a fala do ministro Rui Costa sobre o acesso ferroviário à Baía de Todos-os-Santos foi ainda mais importante. Isso é o que repotencializa tudo”, avaliou Oliva nesta sexta-feira (23), durante coletiva com a imprensa.

Segundo o executivo, o verdadeiro gargalo da logística baiana está fora das áreas portuárias: “Não temos um quilômetro de ferrovia funcional. Isso é um atraso imenso para um estado do tamanho e com o potencial da Bahia. O problema não é o porto, é como chegar e sair dele.”

Oliva criticou a situação das rodovias estratégicas, como a BR-324 e a BA-528, que, segundo ele, está em estado crítico. “A BA-528 tem apenas 11 quilômetros e conta com 70 quebra-molas. É por onde passa toda a produção de grãos do Oeste e os fertilizantes. É intrafegável. Isso impacta diretamente a competitividade dos nossos portos”, lamentou.

Apesar das críticas, o executivo reconheceu os avanços: “Os investimentos dentro dos portos estão acontecendo — tanto nos terminais públicos como nos privados. Mas sem resolver o acesso, continuaremos com uma logística capenga. A infraestrutura fora do porto precisa acompanhar o ritmo.”

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