A primeira nacelle da Goldwind fabricada cumprindo com a regra do BNDES FINAME, na unidade industrial de Camaçari, na Bahia, ficou pronta nesta sexta-feira (6). De acordo com a empresa, o componente foi fabricado em tempo recorde. A boa notícia foi dada presencialmente pelo vice-presidente (VP) da multinacional chinesa no Brasil, Roberto Veiga e pelo gerente da planta, Maurício Froner, em visita à Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

“Recebemos com muita alegria a notícia de que a fábrica da Goldwind, uma das maiores fabricantes de turbinas do mundo, com sua primeira unidade de fabricação de aerogeradores fora da China, entregou o seu primeiro componente. A Bahia possui 95% de sua matriz elétrica baseada em fontes renováveis, com destaque para a fonte eólica, com 52% da potência instalada do estado. A Bahia tem liderado a redução das emissões de gases de efeito estufa e a transição energética, que além de estimular o desenvolvimento econômico e social, gera empregos e promove a inclusão social em áreas historicamente menos favorecidas, já que os parques eólicos se concentram no semiárido baiano e assim mitigamos os impactos ambientais e garantimos um futuro sustentável”, afirma o secretário de desenvolvimento econômico da Bahia, Angelo Almeida.

De acordo com o VP, Roberto Veiga, a Bahia é o berço do desenvolvimento futuro de parques eólicos. “O estado tem um potencial eólico enorme, quase 70% dele está aqui. O apoio institucional do governo baiano e as tratativas na atração de investimentos, mostrando que o estado teria todas as condições de nos apoiar, os incentivos estaduais, provando que o investimento daria retorno, foram fundamentais para a nossa escolha. Hoje é um marco muito importante para nós, finalizamos a primeira parte do aerogerador aqui na Bahia com todos os componentes, cumprindo com o plano exigido pelo BNDES”, diz.

Nacelle

A nacelle é o compartimento instalado no alto da torre e que abriga todo o mecanismo do gerador, como caixa de transmissão e gerador. O componente se fixa ao rotor, elemento de fixação das pás eólicas, que captam o vento, convertendo sua potência ao centro do rotor.

Energia eólica

O estado é líder nacional na geração de energia eólica e capacidade instalada. A Bahia foi responsável por mais de 35% da geração total de energia eólica do Brasil em 2024 até setembro, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Atualmente são 354 usinas em operação, em 35 municípios, superando 10,5 gigawatts (GW) de potência instalada, resultado de um investimento superior a R$ 50 bilhões. São 28 usinas em construção, que adicionarão 1,3 GW à capacidade do estado, somando mais R$ 6 bilhões em investimentos. Outras 216 usinas estão em construção não iniciada, com previsão de gerar 8,6 GW e entrar em operação até 2030, com investimentos estimados em R$ 55 bilhões.

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