O deputado estadual Manuel Rocha (União Brasil), presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), lamentou publicamente as declarações feitas pela secretária de Políticas para Mulheres do Estado, Neusa Cadore, que em vídeo divulgado nas redes sociais se posicionou contra o capitalismo e o agronegócio, inclusive incentivando conflitos entre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Agro.
Para Manuel Rocha, as falas da secretária são extremamente preocupantes, especialmente por partirem de uma autoridade pública que representa o governo do estado. “Lamentamos e repudiamos profundamente esse tipo de discurso. O mais grave é que ele tenha sido proferido por uma secretária de Estado, o que institucionaliza uma visão equivocada e perigosa. O agronegócio é essencial para a Bahia e para o Brasil. Estimular conflitos entre movimentos e o setor produtivo é inadmissível e representa um retrocesso no debate democrático e na promoção da paz no campo”, afirmou.
Rocha destacou que o agronegócio representa quase 30% do Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia e é um dos maiores motores da economia nacional. O setor é responsável, direta e indiretamente, por milhões de empregos e por garantir segurança alimentar e desenvolvimento econômico para o país. “Os países mais desenvolvidos do mundo avançaram justamente com base em políticas que estimularam o crescimento econômico, o empreendedorismo e a produção. O agronegócio brasileiro é exemplo de eficiência e inovação, e não pode ser atacado por discursos ideológicos desconectados da realidade”, disse.
O parlamentar reforçou ainda que a agricultura familiar e o agronegócio não são inimigos, mas complementares. “Não existe contradição entre agricultura familiar e o agronegócio. Ambos são fundamentais para o desenvolvimento rural e para a geração de renda nas mais diversas regiões da Bahia. Precisamos incentivar todos os segmentos da produção rural, sempre com responsabilidade, equilíbrio e diálogo”, declarou.
Por fim, Manuel Rocha criticou também as constantes invasões de terra que têm ocorrido no estado, em especial no Extremo Sul, e cobrou ações efetivas do governo estadual. “Invasões de propriedade não podem ser toleradas. São atos ilegais que comprometem a segurança jurídica e o direito à propriedade, pilares fundamentais do nosso Estado Democrático de Direito. É preciso combater essas ações com veemência, sob pena de enfraquecermos a confiança em investir, produzir e gerar empregos na Bahia”, concluiu o deputado.