O relator do Orçamento de 2025 (PLN 26/24), senador Angelo Coronel (PSD-BA), argumentou que as emendas parlamentares, representando 17% das despesas não obrigatórias, não são um valor elevado. Em entrevista ao programa Painel Eletrônico da Rádio Câmara, ele explicou que as emendas incluídas na proposta somam R$ 39 bilhões, sendo destinadas a ações específicas como saúde e educação, especialmente em áreas mais carentes.

Comparando com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que possui recursos de R$ 60 bilhões voltados para grandes projetos, Coronel destacou que as emendas parlamentares têm um papel crucial ao atender demandas menores, em regiões que, muitas vezes, ficam fora do radar do governo federal. "Nem o governo nem nenhum ministro sabe onde fica a cidade de Lajedinho ou Lajedão, a 1.000 km de Salvador", disse, reforçando a importância de apoiar esses locais com emendas para áreas como saúde e educação.

O senador também abordou a reforma administrativa, defendendo a necessidade de cortes de gastos ao invés de aumento de impostos. Ele enfatizou a urgência de reformas trabalhista e previdenciária e criticou a criação de novas vagas no serviço público, afirmando que o cenário digital atual exige uma reavaliação das necessidades de pessoal. "Provavelmente não é preciso preencher as mesmas vagas dos que estão na ativa hoje", concluiu.

Quanto à correção da tabela do Imposto de Renda, Coronel sugeriu que o governo poderá discutir um novo reajuste dentro de uma reforma mais ampla do tributo.

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