Neoenergia Coelba pode não ter concessão renovada na Bahia; Deputados fazem campanha

Foto: Divulgação
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O grupo Neoenergia, que contra a Coelba desde sua privatização em 1997, pode não ter a concessão de exploração do setor elétrico na Bahia renovado. Ele vence em 2027, 30 anos depois de ser concedida para o monopólio privado pelo governo Paulo Souto. O grupo espanhol, na época, pagou o equivalente a R$ 1,73 bilhão. Apenas em 2022, a companhia lucrou R$ 4,7 bilhões com a exploração do serviço no estado, que na avaliação de deputados, empresários e até do governador Jerônimo Rodrigues (PT) está aquém do necessário para ajudar no desenvolvimento baiano. 

Uma cláusula no contrato da privatização da Coelba permite que o contrato de concessão da companhia seja renovado automaticamente três anos antes do seu vencimento, ou seja, nesse ano de 2024. Esse fato tem chamado à atenção da classe política e do setor econômico da Bahia, que cobra maior fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica e a não renovação do contrato com o grupo Neoenergia e melhora na prestação de serviços da Coelba.

Na Assembleia Legislativa, lidera esse grupo critico os deputados Robinson Almeida (PT), Eduardo Salles (PP), Júnior Muniz, ZÓ (PC Do B), Tiago Correia (PSDB), Manuel Rocha (UB), Ivana Bastos (PSD), Fabíola Mansur (PSB), Eures Ribeiro (PSD). No legislativo estadual, na próxima terça-feira, 5, o presidente da companhia, Thiago Freire, foi convidado para prestar esclarecimento aos parlamentares. Na Câmara Federal, Jorge Solla (PT), Félix Mendonça (PDT) e Jonga Bacelar (PL) também estão mobilizados em torno do assunto.

No final do ano passado o governador Jerônimo Rodrigues também subiu o tom das criticas ao desempenho da empresa na prestação de serviços. Se somou a ele os secretários de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso (deputado licenciado), e o de agricultura, Tum (ex-deputado e autor de um pedido de CPI na ALBA para investigar a empresa em 2021).

“Por onde a gente vai tem reclamação da Coelba. Para vocês terem uma noção, nós temos escolas prontas, mas falta a Coelba ligar a energia. Nós temos hospital, nós temos policlínica. Então, eu estou aqui mandando um recado sim”, bradou Jerônimo Rodrigues, em novembro o ano passado, se somando àqueles que sugere a não renovação do contrato da Neoenergia se o grupo espanhol não se comprometer em melhorar seus serviços à população.

“Já conversei com o ministro [da Casa Civil] Rui Costa, já conversei com o ministro responsável por Minas e Energia. Em 2026 (sic, em 2027), vence o contrato da Neoenergia. Se ela não consertar, a Bahia vai chamar ela para o conserto”, enfatizou, na época, o governador. “O estado é o maior cliente da Coelba, então eu não estou pedindo favor. Esse serviço é pago. A Bahia precisa ser respeitada”, retrucou o petista.

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