Diante das especulações sobre a possibilidade de o senador Jaques Wagner (PT-BA) assumir a coordenação da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026, o senador Ângelo Coronel (PSD-BA), nesta terça-feira, 17, comentou com cautela, os impactos dessa movimentação tanto no Senado quanto na relação entre PSD e PT na Bahia e no cenário nacional.
Questionado se a ida de Wagner para a linha de frente da campanha presidencial poderia favorecer seus próprios planos políticos, Coronel adotou uma postura de respeito às escolhas internas do partido aliado.
“Se acontecer isso, o Senado vai perder um grande senador, que é o senador Jaques Wagner. E não sou eu que vou escalar o time do PT. Como também não admitimos que ninguém de fora venha escalar o time do PSD”, declarou Coronel, deixando claro que qualquer decisão sobre os rumos da campanha presidencial cabe exclusivamente aos petistas.
O senador baiano evitou aprofundar análises sobre a possível saída de Wagner, mas não deixou de reconhecer o peso político do colega no Congresso Nacional. “Então, sobre a questão de Wagner ser candidato ou não, eu não tenho nenhum comentário a fazer. Só sei que o Senado perderá um grande quadro, que vem fazendo um grande trabalho no Senado”, destacou.
Nos bastidores, o nome de Jaques Wagner como possível coordenador da campanha de Lula é visto como uma aposta em alguém de extrema confiança do presidente, com trânsito entre lideranças nacionais e boa capacidade de articulação. Entretanto, Coronel mantém uma posição de distância em relação às discussões internas do PT, reforçando a autonomia do PSD na construção de seu próprio projeto político.