Supostos contratos milionários firmados pela Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães para serviços de limpeza urbana estão no centro de uma denúncia formalizada por três vereadores do município, localizado no oeste da Bahia. Os parlamentares apontam possíveis irregularidades em gastos que ultrapassam R$ 240 milhões, com indícios de má prestação de serviços ou abandono completo das obrigações contratadas.
Os recursos, conforme detalhado pelos vereadores Daniel Farias (Novo), Ronei de Jesus (PL) e Adernoel Mota de Santana — conhecido como Dé do Sol do Cerrado (PSD) —, foram destinados à roçagem e varrição de vias públicas, atividades supostamente executadas pelas empresas Paraguaçu Construção e Serviços LTDA e AKSA Serviços de Locação de Mão de Obra Temporária LTDA.
Imagens e relatos anexados ao processo evidenciam o acúmulo de lixo e o crescimento de matagal em bairros como Jardim das Oliveiras, Santa Cruz, Top Park e Sol do Cerrado, onde os serviços são, segundo os denunciantes, ineficientes ou sequer iniciados. O caso foi encaminhado ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), registrado sob o número 933.9.270739/2025.
A denúncia detalha ainda que os contratos foram divididos em dois lotes geográficos, com base na BR-242, que corta a cidade. A chamada “Área A”, correspondente à parte superior da rodovia, inclui bairros como Mimoso, Cidade Universitária, Residencial 90, Jardim das Acácias, Tropical Ville e Jardim das Oliveiras.
Já a “Área B” — abaixo da BR-242 — compreende bairros como Santa Cruz, Jardim Paraíso, Cidade do Automóvel e Novo Paraná. Em ambas as regiões, os vereadores alegam que os serviços contratados não estão sendo realizados conforme o previsto.