Em homenagem a pastores, deputado Márcio Marinho se posiciona sobre decisão do STF que torna Bolsonaro réu e defende punições proporcionais

Foto: Divulgação
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Nesta quinta-feira, 27, o deputado federal Márcio Marinho (Republicanos) revelou sua opinião sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal, que ontem tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 7 aliados réu por tentativa de golpe de Estado em janeiro de 2023.  A declaração do parlamentar aconteceu durante sessão especial, na Assembleia Legislativa, proposta pelo deputado Jurailton Santos (Republicanos), a quem fez questão de parabeniza pelo reconhecimento ao trabalho social dos pastores em todo o Brasil.

À reportagem Marcio Marinho destacou que a sociedade brasileira já sabia que as consequências legais aconteceriam, e, embora acredite que os responsáveis pelos crimes devem ser julgados com imparcialidade, questionou o tamanho das penas atribuídas a alguns envolvidos. O deputado defendeu uma abordagem mais equânime, levando em consideração a gravidade do ato cometido.

"Não somente eu, mas a maioria da sociedade brasileira já sabia que isso iria acontecer e era só questão de momento. Agora, é importante salientar o seguinte, as pessoas que cometeram o crime, eu acho que o Supremo Tribunal Federal tem pessoas competentes para analisar os fatos, os autos e quem sou eu para dizer se está certo ou se está errado. Agora, também tem que se considerar que existem tantas e tantas pessoas que hoje ainda estão presas, que foram para lá um movimento pacífico, um movimento tranquilo e acabaram sendo condenados a 14, 15 anos. Isso aí é realmente um erro muito grande", afirmou o deputado.

Ele também fez um apelo pela revisão de condenações que considera desproporcionais, como o caso de uma mulher que, ao pintar uma estátua da justiça com batom, recebeu uma pena de 14 anos. Para Marinho, essa pena é um "absurdo" e uma "incoerência muito grande" quando comparada com a leniência de alguns processos envolvendo crimes mais graves.

"Cometeu um crime? Vamos graduar qual é o crime que foi cometido e vamos punir de acordo com a graduação de cada crime. Agora, não pode uma pessoa que utilizou um batom, que sujou ou que pintou a estátua da justiça em Brasília ser condenada a 14 anos. Isso é um absurdo", ressaltou.

Marinho ainda defendeu uma posição mais humana e ponderada ao considerar que, em momentos de euforia ou ansiedade, as pessoas podem cometer erros dos quais se arrependem posteriormente. Ele afirmou ser favorável à anistia de indivíduos que não cometeram crimes graves, sugerindo que muitos desses poderiam ser perdoados, enquanto outros, que cometeram crimes bárbaros, ainda estão em liberdade após cumprir penas mínimas.

Pastores homenageados

Além da discussão sobre a justiça criminal, o deputado também aproveitou a oportunidade para destacar a importância do trabalho social realizado pelos pastores, especialmente em tempos de dificuldades e tragédias. Ele parabenizou o deputado Juraíton pela realização de mais uma edição de homenagem aos pastores, reconhecendo a relevância da atuação religiosa nas comunidades.

"Primeiro parabenizar o deputado Juraíton por mais uma edição de homenagem aos pastores. Cada ano o deputado tem essa preocupação de homenagear os pastores reconhecendo o trabalho social que cada um deles faz", disse Marinho, enfatizando o papel essencial das igrejas evangélicas no apoio a pessoas que enfrentam problemas como opressão, depressão, ansiedade e até tentativas de suicídio.

O deputado também destacou o trabalho das igrejas em momentos de crise, como em catástrofes, onde a solidariedade se manifesta por meio da distribuição de cestas básicas e abrigamento de pessoas que perderam tudo. "A igreja, ela não está dissociada da sociedade, ela está inserida na sociedade, portanto ela tem um papel social muito importante", concluiu Marinho.

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