A data de 26 de abril deve ser declarada como Dia Estadual da Policial Feminina. É o que propõe projeto de lei da deputada Fabíola Mansur (PSB), que considera muito relevante o trabalho destas funcionárias públicas, “servindo e protegendo a sociedade baiana, com as inerentes peculiaridades femininas que agregam valor ao sistema de segurança pública” da Bahia. A data sugerida é em alusão ao 1º Encontro Empodere-se na Segurança Pública, que debateu temas “que elevam a valorização profissional, garantem o respeito e proteção psicoemocional, promovem a conquista de espaços de poder e liderança, convergindo para o necessário empoderamento policial feminino”, na análise de Fabíola.
Ela também considera que as forças policiais “exercem papel fundamental na manutenção da paz social e ordem pública” e que a crescente inserção das mulheres nessas atividades tem colaborado, “pela sua própria essência, com a humanização no cotidiano laboral, nas relações internas das organizações e, sobretudo, com a sociedade”. A deputada prossegue afirmando que a natureza “singularmente feminina confere sustentação em valores mais exigidos no contexto social da atualidade, como inteligência, a capacidade na resolução de conflitos, a inovação e o trabalho em equipe”.
Atualmente, disse, as policiais femininas atuam nas mais diversas frentes, mas ainda não são suficientes em número e na ocupação dos espaços de poder. Segundo dados citados na proposição, atualmente o número de policiais femininas de cada esfera da segurança pública baiana está assim distribuído: policiais militares – 4.736; bombeiras militares – 693; policiais civis – 1.07; policiais do Departamento de Polícia Técnica – 220; e policiais penais: 100.
Ainda em defesa de seu projeto, Mansur argumentou que a data comemorativa ressalta a importância do cuidado necessário com as questões que envolvem a mulher na segurança pública “e que não podem ser deixadas a um segundo plano. É preciso cuidar de quem cuida de tantas outras”, disse, lembrando que os desafios encontrados pelas policiais femininas no dia a dia são muitos, sobretudo “os relacionados com as barreiras da cultura consolidada ao longo dos séculos, que incentivam o preconceito institucional”.