Carnaval 2026: Comcar contraria Ministério Público e limita acesso à reunião sobre novas regras de desfiles de blocos

Foto: Divulgação
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A decisão do Conselho Municipal do Carnaval e Outras Festas Populares (Comcar) de restringir o acesso à Assembleia Geral marcada para 10 de abril de 2025 tem gerado controvérsia entre representantes de blocos e entidades carnavalescas. Uma resolução do Conselho publicada no Diário Oficial do Município estabelece que a reunião a ser realizada na sede do Ministério Público da Bahia (MP-BA) “discutirá e aprovará” novas regras para os desfiles do Carnaval de Salvador em 2026 e limitará a participação no debate apenas a conselheiros oficias.

A Associação de Blocos de Salvador (ABS), no entanto, afirma que a assembleia não poderá ter caráter deliberativo, considerando que o MP-BA é um espaço imparcial e restrito apenas ao debate das propostas. A resolução, inclusive, contraria o espírito de transparência e participação defendido pelo próprio Ministério Público, que, em 18 de fevereiro deste ano, promoveu uma reunião aberta com diversos setores do Carnaval para discutir a organização da festa e a diversidade cultural. A exclusão de blocos e entidades que não fazem parte do Conselho levanta, ainda, questionamentos sobre a legitimidade das decisões a serem tomadas.

O MP-BA instaurou um Procedimento Administrativo para acompanhar e fiscalizar a atualização das regras do Carnaval, sob responsabilidade do promotor Pablo Antonio Cordeiro de Almeida. O objetivo é garantir que as mudanças sejam feitas de forma democrática, respeitando os interesses de todos os envolvidos na festa.

A ABS já manifestou preocupação com a decisão do Comcar. A entidade lembra que, no Carnaval de 2025, precisou recorrer à Justiça para assegurar o direito de seus associados de desfilarem no circuito Barra/Ondina, após alterações unilaterais na ordem dos desfiles. “Diante da repercussão negativa, espera-se que o Comcar reavalie sua posição e amplie a participação na assembleia, garantindo um debate mais inclusivo e transparente sobre as regras que impactarão a maior festa popular de Salvador”, diz a Associação.

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