O presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), vereador Carlos Muniz (PSDB), defendeu a legitimidade da votação dos projetos executivos realizada nesta quarta-feira (22), afirmando que a decisão foi tomada pela maioria dos líderes de governo e parte da oposição, rebatendo as críticas de que as matérias não teriam sido suficientemente debatidas.
"Na realidade a decisão é da maioria e alguns membros da oposição... a maioria dos líderes concordou que houvesse a votação hoje e houvesse a votação de todos os projetos que tinham parecer favoráveis para que eles pudessem ser votados," declarou Muniz, explicando que a votação foi resultado de uma reunião de líderes.
O presidente da CMS rebateu a acusação de falta de tempo para análise, feita pela oposição. "Os projetos que estavam prontos para serem votados passaram por todas as comissões, pelas comissões obrigatórias e estimadas," garantiu.
Muniz ironizou a tática da oposição: "Os projetos estão aqui desde o mês de agosto, houve tempo suficiente para que todos os projetos fossem julgados, os projetos estão nas comissões a mais de 30 dias. Então é um trabalho que a oposição faz, que é um trabalho, eu já fui vereador de oposição e também fazia muito isso." Ele concluiu que a alegação "não corresponde com a verdade" e que a oposição teve tempo para "analisar, emendar esses projetos e trazer essas emendas para o plenário."
Voto Contrário no PL do Sombreamento
Questionado sobre o voto contrário do vereador André Fraga (PV) ao Projeto de Lei nº 424/2025, que permite a construção de prédios mais altos em regiões da orla de Salvador, Muniz minimizou a divergência.
"A opinião do vereador, cada um tem sua opinião, o vereador André Fraga acha que o projeto não é viável para a população... ele tem o todo direito de votar contra, é algo natural," disse. O presidente da Câmara ainda mencionou que ele próprio, na base do governo, já votou contra projetos do Executivo: "eu mesmo na base do governo, várias vezes votar contra os projetos do governo é pensamento de cada um."