Programa realizado em parceria com o Sebrae Bahia registrou crescimento de 27% na base de associados, superando 2 mil empresas, e impulsionou inovação nos sindicatos, com destaque para o inédito Ciclo de Mulheres da Indústria.
O programa Trilha Associativa 2025, promovido pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) em colaboração com o Sebrae Bahia, encerrou sua segunda edição com resultados expressivos. A iniciativa reafirmou seu papel como um movimento articulador fundamental para a modernização sindical e a competitividade da indústria baiana.
O presidente da FIEB, Carlos Henrique Passos, destacou o engajamento dos sindicatos como crucial para o sucesso: “A melhor forma de melhorarmos as entregas é trazer os associados para dentro do Sistema."
Dias Neto, do Sebrae Bahia, ressaltou o caráter inovador e estratégico do programa, especialmente a inclusão do eixo feminino: “Neste ano, inovamos com um eixo diferente, que foi o eixo das mulheres da indústria, e isso é um avanço."
A coordenadora de Associativismo e Negócios da FIEB, Luciane Vivas, avalia que o Trilha consolidou um modelo mais colaborativo, capaz de fortalecer os sindicatos e, consequentemente, gerar mais competitividade.
Os Quatro Eixos e Seus Resultados Significativos
O programa estruturou sua atuação em quatro frentes principais, alcançando marcos importantes em cada uma delas:
1. Associativismo e Expansão da Base
O eixo de Associativismo registrou um crescimento recorde: a base de associados da FIEB expandiu 27,21% no período desde a criação do programa em 2022, saltando de 1.503 para 2.065 empresas.
Alcance: 562 empresas foram atendidas por 32 sindicatos em 58 municípios baianos, reforçando a presença no interior.
Resultados Imediatos: O Sindicato dos Panificadores da Bahia, por exemplo, conseguiu dobrar o número de associados após o direcionamento do programa, segundo seu presidente, João Batista Ferreira.
2. Mentoria e Gestão
O eixo de Mentoria acompanhou 24 sindicatos, focando em gestão, planejamento, comunicação e relacionamento empresarial.
Ações: Foram desenvolvidos 36 planos de ação e realizadas 198 reuniões, ajudando as entidades a estruturar processos internos.
Impacto: Para o presidente do Sinec, Silvio Comin, o eixo foi um "divisor de águas", ajudando os sindicatos a se comunicarem melhor com a sociedade e a se posicionarem de forma mais estratégica.
3. Ciclo de Mulheres da Indústria (Inovação)
Implementado em parceria com o Comitê da Mulher da Indústria, este novo eixo visou ampliar a representatividade feminina no sistema:
Participação: Contou com 78 empresárias inscritas de 21 sindicatos.
Foco: O ciclo ofereceu 16 encontros focados em liderança, inovação, diversidade, produtividade e futurismo.
Objetivo Estratégico: A vice-presidente da FIEB, Renata Muller, destacou que o ciclo cumpre a função de criar pertencimento e interesse pelo associativismo, contribuindo para que mais mulheres ocupem cargos diretivos.
4. Benchmarking e Troca de Boas Práticas
O eixo de Benchmarking promoveu missões técnicas e encontros para que sindicatos baianos pudessem comparar práticas com entidades mais maduras.
Missões Técnicas: Mais de 40 representantes de 18 sindicatos visitaram as Federações das Indústrias do Espírito Santo e do Rio Grande do Sul.
Integração Setorial: O Sindipacel sediou um encontro setorial, trocando percepções com sindicatos do sul do Brasil, o que permitiu acelerar iniciativas na Bahia.
Perspectivas para 2026
O Trilha Associativa encerra o ciclo de 2025 reforçando seu papel como um ecossistema de conexão e desenvolvimento. Para 2026, a parceria entre FIEB e Sebrae já prevê:
Novas ações de mobilização no interior do estado.
Um modelo renovado de mentoria.
Maior aproximação com empresas associadas e ampliação das boas práticas setoriais.
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