Prefeito de Ilhéus e aliado que disputa eleição são alvos de operação da PF

Foto: Divulgação
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O prefeito de Ilhéus (BA), Mario Alexandre (MDB), é alvo de uma operação denominada “Barganha”, da Polícia Federal, que apura supostos crimes de corrupção, desvio de recursos, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A Justiça Federal autorizou a realização de buscas tanto na residência quanto no gabinete de Mario Alexandre.

 

A operação também atingiu Bento Lima (PSD), candidato a prefeito apoiado por Mario Alexandre e ex-secretário de Gestão de Ilhéus, além do ex-procurador-geral do município, Jefferson Domingues Santos, outras duas pessoas e duas empresas. As informações são do G1. 

 

A operação, que cumpre mandados em diversas cidades, incluindo Ilhéus, Itabuna, Vitória da Conquista, Salvador e Lauro de Freitas, a Polícia Federal apreendeu mais de R$ 700 mil em espécie na casa de um dos empresários investigados.

 

A investigação se baseia na delação premiada de um dos envolvidos em uma operação anterior da PF, que investigou desvios de recursos federais destinados ao combate à Covid-19. A delação foi homologada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) com o apoio do Ministério Público Federal (MPF).

 

Segundo o delator, Mário Alexandre negociou propinas em contratos de coleta de lixo, com parecer favorável do então procurador Jefferson Santos. Apesar de irregularidades, o prefeito teria ficado com metade dos lucros do contrato, enquanto Bento Lima, ex-secretário de Gestão e candidato apoiado por Mário nas eleições de 2024, também teria participado do esquema.

 

O delator ainda revelou que, em outro contrato de terceirização de mão de obra na área da saúde, empresários envolvidos teriam pago parte de um carro para a esposa do prefeito como propina. Além disso, os empresários financiaram festas para Mário Alexandre em troca de contratos. A PF afirma que o prefeito lidera uma organização criminosa responsável por negociar propinas, com Lima atuando como seu braço-direito.

 

Os investigados enfrentam acusações de fraude e corrupção, com contratos suspeitos ultrapassando R$ 90 milhões. A Justiça determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos envolvidos.

 

O prefeito Mário Alexandre e o candidato Bento Lima ainda não se pronunciaram sobre as ações da PF. Os investigados vão responder pelos crimes de frustação do caráter competitivo de licitação, fraude em licitação ou contrato, corrupção passiva, corrupção Ativa, falsidade Ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

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