A Bahia busca ampliar seu protagonismo no cenário econômico internacional, e a articulação com a China vem ganhando centralidade nessa estratégia. Durante agenda oficial nesta quarta-feira (26), o secretário da Fazenda, Manoel Vitório, afirmou que o Estado trabalha para se consolidar como a principal porta de entrada de investimentos chineses no Brasil. A declaração ocorreu durante o anúncio de uma iniciativa inédita para o abastecimento de aeronaves com Combustível Sustentável de Aviação (SAF), ao lado do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Vitório ressaltou que o avanço das tratativas com empresas e autoridades chinesas não surgiu de forma repentina. Segundo ele, o movimento começou ainda na gestão do ex-governador Rui Costa (PT), a partir da saída da Ford do estado, em 2021. O desafio imposto pela montadora, afirmou, acabou se transformando em oportunidade para reposicionar a Bahia no mapa da inovação e da indústria automotiva.
“Desde quando a Ford anunciou que ia parar de produzir veículos aqui na Bahia, o governador Rui Costa arregaçou as mangas e foi buscar quem pudesse assumir. Mais do que isso, preservou a área de pesquisa e desenvolvimento, que até cresceu no Estado”, afirmou.
O secretário destacou que o atual governador, Jerônimo Rodrigues, deu continuidade ao processo, intensificando o diálogo com o governo chinês e com conglomerados industriais interessados em se instalar no país. Para Vitório, essa articulação contínua é o que permite que a Bahia avance como destino seguro e atrativo para capital estrangeiro.
“Cada um pegou o bastão e tentou correr mais rápido. Desde o primeiro momento, Jerônimo priorizou as conversas com o governo chinês e com empresas chinesas. Esse é o fruto de algo construído de forma estruturada, trabalhado todos os dias”, disse.
Ele ponderou que a aproximação internacional envolve superar diferenças culturais, respeitar marcos regulatórios e cultivar relações de longo prazo. Mas, segundo Vitório, todo esse esforço já mostra resultados concretos e deverá colocar a Bahia em posição estratégica nos próximos anos.
“Lidar com uma cultura tão diferente da nossa exige tempo e compreensão. É uma construção de muitos anos, que agora está dando frutos importantes”, destacou.
Confiante no cenário, Vitório avaliou que o Estado segue no caminho certo para consolidar seu protagonismo nas relações sino-brasileiras.
“Acho que nós vamos nos firmar como porta de entrada dos investimentos chineses no Brasil”, afirmou.