Bahia inaugura nova rota comercial marítima com a China

Foto: Divulgação
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A nova rota foi inaugurda nesta segunda-feira (14), e, de acordo com Angelo Almeida, a conexão vai reduzir o tempo de viagem em até 30 dias e, consequentemente, diminuir o frete em mais de 30%, o que representa uma economia significativa para exportadores e importadores de ambos os países, estimulando o fortalecimento da relação comercial. Para o secretário, a rota vai além do transporte, pois promoverá desenvolvimento econômico e social para superar a pobreza e a fome no estado.

“A nova rota marítima e direta entre Zhuhai e Bahia já tem sido chamada de canal dourado da navegação China-Brasil. Essa nova conexão é muito importante no fomento e estímulo da nova industrialização do nosso estado, com equipamentos e compra de maquinários, especialmente pela China ser nosso principal parceiro comercial. Entre janeiro e março de 2025, 1 bilhão e 200 milhões de dólares foram exportados da Bahia para a China. No mesmo período, 800 milhões de dólares foram importados da China para o estado”, afirma.

Em seu discurso, Angelo ressaltou o papel crucial da China e de seu Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República Popular da China no Brasil, Zhu Qingqiao, nessa cooperação, que já atraiu empresas líderes em energias renováveis, como duas gigantes eólicas chinesas, Goldwind e Sinoma, e a BYD, fortalecendo investimentos em tecnologia e sustentabilidade.

Ele também agradeceu todo o trabalho da Frente Parlamentar Brasil-China, em nome do seu presidente, o deputado Federal baiano Daniel Almeida. “Esses projetos estão impulsionando empregos, infraestrutura e crescimento sustentável, consolidando a Bahia como um polo de inovação no Nordeste”, diz.

O Porto de Salvador, que possui importância histórica e econômica para o Nordeste, tem capacidade para atracar navios de até 150 mil toneladas de porte bruto, com alta eficiência nas operações de carga e descarga.

O Porto de Gaolan é o único de águas profundas no oeste do Estuário do Rio das Pérolas, com capacidade de movimentar até 160 milhões de toneladas por ano, além de contar com uma rede logística integrada por vias marítimas, rodovias, ferrovias, aeroportos e oleodutos. Ele opera rotas com o Sudeste Asiático, Oriente Médio e, agora, com o Brasil.

Ganhos Estratégicos

A nova rota traz ganhos estratégicos particularmente relevantes para as regiões Norte e Nordeste do Brasil. Os portos de Santana e Salvador tornam-se vetores de desenvolvimento regional, facilitando o escoamento de produtos como soja, minério de ferro, carne bovina e celulose, além de permitir maior agilidade na importação de insumos industriais e tecnológicos oriundos da Ásia.

A nova rota representa não apenas um avanço logístico, mas também uma nova fase na cooperação econômica e estratégica entre China e Brasil, reforçando os laços comerciais e promovendo o desenvolvimento regional por meio da ampliação do comércio exterior e da integração com os mercados emergentes da América do Sul.

Foto: Raquel Lacerda/SDE

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