Fabíola Mansur reverencia memória de Cacau do Pandeiro

“A Bahia chora a partida de Cacau do Pandeiro, um artista completo, imenso percussionista, infelizmente, não aclamado com a grandeza que merecia”, lamentou a deputada Fabíola Mansur (PSB), em moção de pesar protocolada na Assembleia Legislativa, pelo falecimento do percussionista baiano, ocorrido na última sexta-feira (11).

No documento, a parlamentar traçou a trajetória musical do Mestre Cacau, Carlos Lázaro da Cruz, – nascido no bairro do Rio Vermelho, em 11 de fevereiro de 1929, em Salvador, e falecido no dia do seu aniversário de 93 anos, com 85 anos de carreira -, “que contribuiu com a ascensão de nomes da música baiana no cenário nacional e internacional, a exemplo de Carlinhos Brown”, apontou.

Fabíola louvou o talento de Cacau do Pandeiro, “bamba do samba e do chorinho”, e citou suas incontáveis apresentações, especialmente no Carnaval, em blocos como Jacu, Barão, Internacionais, nos bailes dos clubes Português, Palmeiras da Barra, Associação Atlética da Bahia, Bahiano de Tênis, Fantoches e Bahia; como baterista do extinto Tabaris, fundador da Orquestra Yemanjá, e como membro do grupo de choro, pioneiro na Bahia, Os Ingênuos.

“Um mestre ao tocar samba e tudo quanto era ritmo, um músico refinado”, ressaltou a legisladora, mostrando a importância do percussionista, que “emprestou seu talento acompanhando Dona Ivone Lara, Elza Soares, Jamelão, Carlinhos Brown e tantos outros. Um artista completo”, relatou.
A inteligência, o profissionalismo, o senso de humor de Cacau do Pandeiro foram louvados por Fabíola, que lamentou a ingratidão social e institucional no reconhecimento da sua importância na cultura brasileira.

“Morador emérito do Rio Vermelho, um artista popular da maior grandeza, Cacau do Pandeiro fica na memória cultural baiana como músico e artista maior. Que descanse em paz, entre os maiores de sua arte”, ensejou.

Compartilhe