O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), informou, nesta quarta-feira, 2, que um acordo envolvendo os municípios brasileiros e o governo federal pode evitar o reajuste no valor da passagem de ônibus em 2022. O transporte público no Brasil vive sob uma crise, colocando em risco a mobilidade urbana no país. O democrata participou da abertura dos trabalhos na Câmara de Vereadores e também anunciou um novo projeto de lei para instituir um auxílio financeiro para a Cultura. Há dois anos a indústria criativa de Salvador sofre por causa das restrições impostas pela pandemia do Coronavírus e pelo segundo ano seguido a cidade não realizará o carnaval. A matéria deve ser enviada ainda neste mês de fevereiro para o legislativo e a expectativa é que trâmite em regime de urgência e seja aprovada pelos vereadores sem objeção da bancada de oposição.
Sobre o congelamento da tarifa de ônibus, Reis espera que o governo federal pague um subsídio pelas gratuidades.
“Estou fechando os números para encaminhar o projeto para a Câmara solicitando autorização legislativa para o pagamento desse benefício que irá ocorrer ainda antes do período do Carnaval”, afirmou Bruno, que também comentou sobre o transporte público.
“Nós estamos buscando um subsídio do governo federal, um cálculo que nós fizemos para custear a gratuidade dos idosos, das pessoas com deficiência, que são benefícios instituídos pela legislação federal. Isso representaria uma ajuda para o sistema de Salvador de R$ 64 milhões. Caso esse subsídio seja pago, não terá aumento de transporte público esse ano”, acrescentou.
No mês passado, Bruno Reis esteve em São Paulo reunido com a ministra da Secretaria de Governo da Presidência da República, Flávia Arruda, tratando do tema. Na reunião, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) solicitou empenho de R$ 5 bilhões do governo federal para socorrer o setor. Na época, o encontro ocorreu na sede da prefeitura paulistana. Reis ainda aguarda uma audiência com o presidente Jair Bolsonaro (PL) para discutir o financiamento do transporte coletivo urbano nas cidades brasileiras.
Por Jones Almeida / Felipe Castilho
