Levantamento é realizado pela Transparência Internacional. Está atrás de países como Etiópia, Arábia Saudita e China
O Brasil registrou 38 pontos no Índice de Percepção da Corrupção da ONG Transparência Internacional de 2021. Está em 94º no ranking mundial. Teve a mesma nota e colocação no ano anterior. Está atrás de países como Etiópia, Arábia Saudita e China. A média global é de 43 pontos.
O IPC considera 180 nações e territórios. A escala vai de 0 a 100 –em que 0 significa que o país é “altamente corrupto” e 100, “muito íntegro”. As notas são atribuídas a partir de relatórios (o do Banco Mundial, por exemplo) que indicam “percepções do setor privado e de especialistas acerca do nível de corrupção no setor público”. Valores abaixo de 50 indicam “níveis graves de corrupção”.
A percepção de corrupção aumenta ou diminui, por exemplo, se a imprensa é livre e publica tudo o que vê a respeito de malfeitos no país. Mas isso impede que países muito subdesenvolvidos fiquem no ranking com uma posição melhor do que o Brasil.
O relatório mostra ainda que a pontuação do Brasil está abaixo da média dos países que compõem os Brics (39), além da América Latina e Caribe (41), G20 (54) e OCDE (66).
Além disso, o Brasil, com exceção de 2012 e 2014, apresentou resultado abaixo da média global em todas as avaliações.
“O Brasil está passando por uma rápida deterioração do ambiente democrático e desmanche sem precedentes de sua capacidade de enfrentamento da corrupção”, afirmou Bruno Brandão, diretor-executivo da Transparência Internacional no Brasil.
RANKING MUNDIAL
Dinamarca e Nova Zelândia continuam encabeçando a lista. Finlândia e Noruega completam o top 4: subiram, respectivamente, duas e 3 posições de 2020 para 2021. Já os países com as piores colocações são Venezuela (14), Somália e Síria (13) e Sudão do Sul (11).