O senador Alessandro Vieira(Cidadania-SE), os deputados Felipe Rigoni(PSB-ES), Tabata Amaral (PSB-SP) e Renan Ferreirinha (PSB-RJ) protocolaram na manhã desta segunda-feira, 24 um pedido de afastamento do secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Helio Angotti Neto.
Segundo a nota técnica nº 2/2022, lançada em 21 de janeiro de 2022, as vacinas não têm “demonstração de efetividade” no combate à covid. Já a hidroxicloroquina, um medicamento comprovadamente ineficaz, é classificado como efetivo para conter a doença causada pelo vírus.
“A afirmação contraria posição da OMS (Organização Mundial de Saúde), da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e dos especialistas. A posição consta no documento no qual Angotti Neto baseou sua decisão de rejeitar protocolo aprovado pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde) que contraindica o uso do ‘kit Covid’, ou tratamento precoce, em pacientes em regime ambulatorial, ou seja, que não estão internados. Na nota técnica, o secretário faz diversas críticas ao protocolo aprovado pela Conitec”, diz o comunicado apresentado à Justiça pelos congressistas.
Na última semana, o secretário foi convidado pela Frente Parlamentar Observatório da Pandemia, do Senado, para esclarecer a referida nota. O grupo já pretendia chamar, também, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
NOTA TÉCNICA
Na nota assinada, o secretário rejeita a eficácia da vacina contra a covid-19, mas atribui eficiência ao medicamento hidroxicloroquina. A posição já foi descartada pelas principais entidades de saúde do mundo.